sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O sucesso da indústria militar francesa

Hoje, em Nova Delhi, o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, assina um contrato de venda de 36 aviões Rafale do fabricante francês Dassault Aviation, com um valor estimado de 7,8 mil milhões euros, os quais serão construídos em França e entregues à Índia a partir de 2019. O jornal Sud Ouest dá um enorme destaque a esta notícia, pela sua importância económica para a região da Aquitânia e em especial para Mont-de-Marsans, a principal base das actividades da Dassault Aviation. Além disso, depois das encomendas do Egipto e do Qatar, a Índia torna-se o terceiro cliente internacional do Rafale, o que perspectiva um grande sucesso comercial para a indústria francesa e para o futuro da região de Bordéus.
O negócio da venda de aviões à Índia, junta-se à venda de fragatas para o Catar, de submarinos para a Austrália, de helicópteros de combate para a Polónia e o Kuwait e de satélites de observação militar para o Egipto e para a Arábia Saudita, o que faz da França um dos maiores actores no mercado mundial de armamento. Segundo foi divulgado, nunca a França teve uma tão significativa actividade exportadora no sector do armamento, o que também levanta o problema das contrapartidas, isto é, há muitos países que não querem comprar apenas o material militar, mas que exigem a formação de parcerias e a transferência de tecnologia. Essa é uma das grandes dificuldades do negócio, não só porque os construtores pretendem proteger as suas inovações nesta área que é muito competitiva, mas também porque a especialização do emprego neste sector não o torna facilmente transferível para outro país. Actualmente a indústria francesa do armamento emprega directa ou indirectamente cerca de 165 mil pessoas, com uma elevada percentagem de profissionais altamente qualificados, mas prevê-se que serão criadas algumas centenas de postos de trabalho nos próximos tempos.

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