quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Tavares e o seu optimismo para o futuro

A edição semanal do jornal económico francês La Tribune publica hoje uma grande entrevista com Carlos Tavares, o português de 58 anos de idade que desde 2014 dirige o grupo francês PSA, cujas marcas de excelência são a Peugeot e a Citroën. A entrevista é destacada com uma fotografia que ocupa a totalidade da capa do jornal.
O conteúdo da entrevista é, sobretudo, a revelação de um pensamento ordenado sobre o futuro da indústria automóvel e de um gestor optimista. Tavares acredita que as necessidades de mobilidade das pessoas vai aumentar e que a procura do automóvel também vai continuar a aumentar, mas que terá de continuar a assentar na segurança e no conforto. Por isso, está confiante. De resto, os seus dois anos à frente do grupo PSA têm sido de grande sucesso em todos os domínios, uma vez que o grupo passou de um estado de quase falência para uma situação de grande dinamismo, assente numa nova cultura de empresa baseada nos conceitos de frugalidade e na agilidade, de que tem resultado um melhor ambiente empresarial, um diálogo frutuoso com os sindicatos e uma substancial melhoria dos resultados comerciais. Segundo Tavares, aproximam-se novos desafios, incluindo a instalação do grupo no grande mercado do futuro que é a Índia, mas o grupo PSA, tal como a maioria dos construtores automóveis, acumularam muitos anos de experiência e de sabedoria que, por exemplo a Apple e a Google não têm, o que constituiu um factor de segurança nos seus investimentos e actividades.
O grupo PSA está instalado em Portugal desde Fevereiro de 1964 através do Centro de Produção de Mangualde da PSA (CPMG), que é a maior empresa do distrito de Viseu e que ocupa o 9º lugar entre as maiores exportadoras do país, uma vez que cerca de 91% da sua produção é exportada. No ano passado, os seus 730 efectivos produziram 46.584 veículos de dois modelos: o Citroën Berlingo e o Peugeot Partner. Bem precisamos desta e de muitas outras PSA.
Boa sorte Carlos Tavares!

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