quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A América escolheu o seu novo Presidente

A América votou e a vitória foi para o republicano Donald Trump, quando as sondagens pareciam indicar que Hillary Clinton seria eleita como a primeira mulher a atingir a presidência dos Estados Unidos. O populismo que tem crescido na Europa chegou em força aos Estados Unidos e a maioria do eleitorado americano deixou-se convencer, o que significa que a maior potência mundial também atravessa dificuldades e que, lá como cá, o povo aspira a melhores condições de vida e está farto das tutelas habituais e do domínio das garras do poder financeiro.
Durante a campanha eleitoral Donald Trump conseguiu estabelecer uma relação directa com o eleitorado, sem a mediação do seu próprio partido e usou uma linguagem populista a despertar esperanças nos mais marginalizados da sociedade americana. Porém, o seu discurso também assustou muita gente e a sua vitória foi classificada por alguma imprensa internacional como um choque, uma tempestade ou um salto no desconhecido e, até mesmo, numa ameaça à paz ou numa nova desordem internacional. Contudo, muito do que agora se diz ainda são ondas de choque da própria campanha eleitoral que serão amortecidas em poucas semanas ou dias.
Relativamente à política internacional, será difícil que Trump faça pior do que fez a administração Obama que, em vez de serenar a conflitualidade e a guerra iniciadas por George W. Bush no Iraque, usou de uma enorme falta de senso e do seu enorme poder aéreo para alargar o conflito à Síria, à Líbia e a outros países da região.
A imprensa de todo o mundo destacou as eleições americanas como o grande acontecimento e colocou a fotografia de Donald Trump nas suas primeiras páginas. Porém, houve alguns jornais, como aconteceu com o britânico Daily Mirror, que usou a envergonhada Estátua da Liberdade na capa da sua edição de hoje, aparentemente arrependida pelo que os americanos fizeram. O bom humor é sempre saudável...

Sem comentários:

Enviar um comentário