sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Angola nos 41 anos da sua independência

Há 41 anos, no dia 11 de Novembro de 1975, nasceu a República de Angola depois de quase cinco séculos de presença portuguesa no seu território. Nesse dia, também terminava o  império colonial português e o sonho que alguns alimentaram de uma pátria repartida pelo mundo, quando o último alto-comissário português em Angola, o Almirante Leonel Cardoso, procedeu ao arriar da bandeira portuguesa do Palácio do Governo. Poucas horas depois, em nome do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o presidente Agostinho Neto proclamava solenemente e em nome do povo angolano, “perante a África e o mundo a independência de Angola”. No seu histórico  discurso, Agostinho Neto deixou claro que "a nossa luta não foi nem nunca será contra o povo português" e acrescentava que, "a partir de agora, poderemos cimentar ligações fraternas entre dois povos que têm de comum laços históricos, linguísticos e o mesmo objectivo: a liberdade". Nesse mesmo dia, os partidos rivais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) de Jonas Savimvi e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) de Holden Roberto também proclamaram a independência, respectivamente no Huambo e no Ambriz, embora só a proclamação do MPLA viesse a ser reconhecida pela comunidade internacional.
Não foram fáceis os tempos para a nova república, com continuadas e muito violentas guerras com os movimentos de libertação rivais e os seus aliados, alguns bem poderosos, que só terminaram em 2002.
Desde então, a República de Angola iniciou uma caminhada de desenvolvimento e de progresso, em que muitos portugueses têm participado ao lado dos angolanos, ambos irmanados por uma história e uma língua comuns. Embora as relações entre Portugal e Angola nem sempre tenham sido as melhores, o facto é que hoje não há quaisquer traumas entre os dois países e que os governos de Lisboa e de Luanda são aliados nas grandes questões internacionais, como se viu na recente eleição do novo secretário-geral das Nações Unidas.
Hoje é um dia de festa para os angolanos, mas também para os portugueses.

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