segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A grande festa do Natal

Embora o Natal seja uma festa cristã, por razões de diversa ordem transformou-se numa festa que perdeu muita da sua religiosidade e adquiriu contornos de festa pagã, demasiado virada para o consumo. Muitas das antigas tradições do Natal, incluindo o culto do presépio ou a missa do galo, têm perdido espaço de celebração, enquanto alguns novos símbolos natalícios como o Pai Natal ou a árvore do Natal se têm imposto um pouco por todo o lado. As crianças já não põem o sapatinho na chaminé, nem escrevem cartas ao Pai Natal. Tudo se tem alterado e, nesse quadro, domina a cultura do shopping center e a compra de prendas mais ou menos inúteis, para distribuir por miúdos e graúdos depois da ceia natalícia, que deve ser farta e bem regada.
Nesta crescente transformação do velho Natal religioso no novíssimo Natal consumista, que agora é dominado pelas renas da Lapónia a rebocar trenós, pelas vestes vermelhas do Pai Natal e pelas luzes cintilantes vendidas nas lojas chinesas, apenas se mantém a data de 25 de Dezembro e, ainda, uma fugaz ideia de Família.
Os jornais evocam essa data de forma muito ligeira e já não mostram presépios, mas tão somente e algumas vezes, uma fotografia da árvore de Natal gigante lá da terra que uma qualquer empresa patrocina. Porém, os franceses são uma excepção, porque muitos dos seus jornais publicam a fotografia do seu Père Noël e deixam bem clara a sua mensagem: Joyeux Noel.
Assim fez o jornal Paris-Normandie ao publicar a fotografia de um sorridente Pai Natal.
Hoje, porque ainda estamos em período de festas natalícias, deixo aqui os meus votos de Boas Festas aos leitores desta página.

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