sábado, 10 de dezembro de 2016

Os subsaharianos ao "assalto" de Ceuta

Mais de oito centenas de imigrantes subsaharianos assaltaram ontem a vala fronteiriça que separa a cidade autónoma espanhola de Ceuta do território de Marrocos, tendo 438 deles logrado o seu objectivo de entrar em território espanhol. Esta avalancha humana foi a maior que se registou nas últimas décadas e ocorreu às primeiras horas do dia em vários pontos do perímetro fronteiriço. As autoridades foram apanhadas de surpresa e foram incapazes de impedir a acção dos subsaharianos que usaram tesouras corta-fios para cortar as redes de segurança, mas também paus e pedras para atacar os guardas fronteiriços. Como resultado desta acção, o Hospital Universitário atendeu cerca de cinco dezenas de feridos subsaharianos em resultado de cortes e de quedas, mas também alguns polícias feridos por pedras.
Desde Março de 2014, quando cerca de cinco centenas de subsaharianos entraram em Melilla, que a situação nas fronteiras espanholas parecia controlada pelas autoridades espanholas. Porém, no passado dia 31 de Outubro entraram em Ceuta cerca de 250 indivíduos e agora mais 438, tendo em ambas as situações utilizado um novo “modus operandi” para atravessar a rede fronteiriça, isto é, já não procuram saltar a rede fronteiriça porque é arriscado e inseguro, mas antes procuram atravessá-la depois de nela serem feitas aberturas com tesouras corta-fios.
A edição de hoje do jornal El Faro de Ceuta relata o acontecimento e dá notícia da grande preocupação das autoridades espanholas por reaparição deste fenómeno.

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