terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Imagem e protesto contra Donald Trump

 
Durante a campanha eleitoral que o levou à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump acumulou muitas declarações polémicas que surpreenderam o mundo, embora a maioria dos americanos nem por isso deixasse de lhe dar o seu voto. Uma das mais criticadas declarações do candidato Trump foi a afirmação de que "os muçulmanos devem ser total e completamente banidos de entrar nos EUA". Essa declaração de carácter xenófobo foi criticada pela Casa Branca, que afirmou que esse pensamento é contrário aos valores da diversidade cultural e religiosa que caracterizam a história dos Estados Unidos.
O tempo passou e Donald Trump foi empossado no dia 20 de Janeiro, num ambiente de grande contestação nacional, promovido sobretudo pelas mulheres. Nesse movimento houve uma mulher que se tornou a face da contestação, por causa de uma fotografia captada alguns anos antes. Essa mulher é Munira Ahmed, tem 32 anos de idade e é residente no bairro de Queens, na cidade de Nova Iorque, onde é uma jornalista freelancer. A sua imagem, que mostra uma americana oriunda do Bangladesh com um olhar firme e com um lenço estampado com as listas e as estrelas da bandeira americana, tornou-se o símbolo do protesto de muitos milhares de manifestantes, tendo sido largamente difundida pelas cidades americanas, associada à frase “I am American just as you are”.
No seu regresso a casa depois de ter participado nos protestos em Washington, Munira Ahmed afirmou ao correspondente do jornal inglês The Guardian que se sentia honrada pela utilização da sua fotografia no protesto contra Trump e acrescentou que “I am American and I am Muslim, and I am very proud of both.”
O jornal decidiu prestar homenagem a Munira Ahmed, publicando na sua primeira página da edição de hoje as imagens que simbolizaram o protesto contra Donald Trump.

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