segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Donald Trump não gosta de mexicanos

A política prosseguida por Donald Trump contra os imigrantes e os refugiados e, em especial, contra os seus vizinhos mexicanos de os muçulmanos, está a alarmar o mundo.
Desde há muito que o Donald tinha anunciado medidas para impedir a entrada nos Estados Unidos dos “terroristas radicais islâmicos”, talvez disfarçados de refugiados. Por isso, não perdeu tempo a combater essa ameaça e as medidas anunciadas começaram a ser postas em prática nos aeroportos americanos, embora as instâncias judiciais já tenham tomado posição contra esta decisão presidencial.
No que respeita aos imigrantes, a hostilidade teve a sua maior expressão na decisão de construir o muro na fronteira com o México, que é um acto de humilhação para com os seus vizinhos e parceiros de muitas actividades.
A arrogância do Donald não lhe tem permitido actuar com ponderação e, quem sabe, se este e outros tiros, não acabarão por lhe sair pela culatra. Os seus conselheiros também não parecem capazes de travar os seus ímpetos primários e desbocados.  
Numa referência crítica à decisão do Donald, o jornal colombiano El Tiempo publicou na sua edição de ontem uma ilustração que representa os dois países separados por uma “alarmante fractura”. De facto, o que o Donald está a fazer é a provocar uma fractura, por agora de natureza geográfica e económica, mas que se pode transformar rapidamente numa fractura social no interior do país, onde cerca de metade da população é de origem sul-americana e o espanhol é a língua dominante. Se eu fosse amigo do Donald tratava de o aconselhar a não semear ventos, pois pode colher tempestades.

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