terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Eleições autárquicas, com zangas e amuos

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A edição de hoje do jornal i destaca a situação que se vive no seio dos partidos da direita que governaram o país entre 2011 e 2015, por causa das eleições autárquicas que se aproximam. Parece que tinha havido uma aliança nacional entre os dois partidos no sentido de poderem optimizar os seus resultados eleitorais e, dessa forma, levar o PS a uma derrota autárquica e à eventual queda do governo.
Era normal que assim fosse, porque a luta política é mesmo assim. Porém, as coisas não correram bem e, antes que fosse tarde, a centrista Cristas decidiu candidatar-se e escolheu logo a capital, sem dar cavaco ao Passos que não gostou nada de o terem posto de lado e ficou zangado. Como ninguém conhece Cristas, que anda nisto há pouco tempo, ela queria aparecer na televisão e queria falar, mas nem ela nem o seu pequeno partido têm estatuto político para estas jogadas. A esperteza da Cristas, talvez ainda inspirada no esperto que a antecedeu no seu grupo político, alastrou por muitas outras localidades onde se estavam a preparar eventuais coligações entre o PSD e o CDS, mas ter-se-ão verificado os mesmos tipos de esperteza do CDS que, sem noção das realidades, exigia paridades. O clima azedou e há muitos amuos, mas não é caso para admirar.
Os debates parlamentares que a televisão transmite têm mostrado que os deputados do PSD e do CDS sentados nas primeiras filas sob a orientação do paranóico Montenegro e do imbecil Magalhães têm usado demasiadas vezes uma linguagem despropositada, provocadora, agressiva e injuriosa. Batem no tampo das mesas. Gritam. Gesticulam. Não diferem muito dos comportamentos das claques do futebol. São uma distorção da Democracia. Como é que gente desta se pode entender?

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