quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Evocando a memória de José Afonso

Foi há 30 anos, no dia 23 de Fevereiro de 1987, que aos 57 anos de idade faleceu José Afonso. Hoje os jornais portugueses esqueceram essa data e não evocaram esse homem que é uma referência da cultura portuguesa do século XX e um dos maiores símbolos da luta pela Democracia em Portugal. O jornal i foi a excepção e, por isso, aqui deixo o meu aplauso a esse jornal e à sua equipa editorial.
Quando há poucos meses a Academia sueca distinguiu Bob Dylan com o Prémio Nobel da Literatura e a crítica internacional lembrou nomes de alguns poetas-cantores como Jacques Brel, Leonard Cohen, Chico Buarque ou Patti Smith que suscitaram muitas emoções com as suas palavras cantadas, eu lembrei-me naturalmente de José Afonso. A sua voz, a estética das suas canções e os seus inspirados textos continuam a ser tão emocionantes como nos tempos da Resistência, mas também continuam a ser símbolos de modernidade musical e referências culturais para muitos portugueses. 
Num país que, por vezes, parece não ter memória e que idolatra futebolistas, banqueiros e políticos de segunda categoria, a evocação do talentoso José Afonso é um dever de cidadania.

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