quarta-feira, 8 de março de 2017

Afinal ainda há bons gestores portugueses

Foi anunciado que o grupo francês PSA cujas marcas são a Peugeot e a Citroën e que é liderado pelo gestor português Carlos Tavares, comprou à General Motors as suas marcas Opel e Vauxhall, tornando-se a seguir à Volkswagen, o segundo maior grupo automóvel europeu com uma quota de mercado de 17% e com cerca de 17.700 milhões de euros de vendas para as suas marcas.
Desde há muito tempo que nos habituamos a ver chineses e indianos na primeira linha destes negócios e por isso a notícia surpreendeu. A segunda surpresa desta notícia é o facto de ser um português a liderar esta operação que custou 2.200 milhões de euros e que, além da compra da actividade produtiva da Opel e da Vauxhall, inclui também as operações da sucursal financeira da General Motors na Europa.
As expectativas são altas porque Carlos Tavares é apontado como sendo o maior responsável pela recuperação do grupo PSA que, há bem pouco tempo, acumulava prejuízos e tinha o seu futuro muito incerto. Por isso, todos acreditam em Carlos Tavares e nas suas opções de gestão para recuperar a marca Opel que acumulou 15 anos consecutivos de prejuizos: redução de postos de trabalho, congelamento de salários, economias de escala, eliminação de modelos não rentáveis e entendimento com os sindicatos.
Não deixa de ser curioso que a poderosa General Motors, um dos símbolos do poder económico americano, "atire a toalha ao chão" depois de tantos anos de perdas.
O jornal La Tribune, assim como imprensa económica francesa e espanhola, aplaudiu esta operação de Carlos Tavares que, se correr bem, combinará crescimento e rentabilidade. Afinal, ainda há bons gestores portugueses. É pena que andem lá por fora, porque fazem muita falta por cá.

Sem comentários:

Enviar um comentário