quarta-feira, 15 de março de 2017

O dilema escocês: Reino Unido ou Europa

O Brexit e a falta de entendimento entre Nicola Sturgeon e Theresa May, que são chefes dos governos da Escócia e do Reino Unido, foi o pretexto para ressuscitar a ideia de um novo referendo sobre a independência da Escócia, que a primeira-ministra escocesa vai procurar realizar em 2018 ou 2019, com o argumento que Londres não considerou os interesses escoceses nas suas decisões sobre o Brexit.
No referendo realizado no dia 18 de Setembro de 2014 o Better Together ganhou com 55,3% dos votos, enquanto o Yes Scotland obteve 44,7%, mas acredita-se que o resultado hoje seria diferente porque os escoceses não querem ser arrastados para fora da União Europeia, a cuja economia estão fortemente ligados. Recorde-se, também, que na votação sobre a saída ou permanência do Reino Unido na União Europeia – o Brexit – realizada no dia 23 de Junho de 2016, houve 62% de escoceses que votaram pela permanência na União Europeia e que, na Irlanda do Norte, também 55,7% dos eleitores escolheram a permanência. Assim, o Sinn Féin defende a saída do Reino Unido e a unificação com a República da Irlanda, enquanto muitos escoceses defendem a independência, ambos como forma de permanecerem na Europa.
Nicola Sturgeon tem-se mostrado muito determinada na defesa dos interesses escoceses e tem afirmado que o Reino Unido deixou de ser o país no qual os escoceses escolheram permanecer em 2014.
A imprensa britânica destacou a fotografia e a ameaça de Sturgeon, enquanto o Corriere della Sera escolheu uma fotografia das duas primeiras-ministras para ilustrar a sua edição. O facto é que persiste o dilema escocês entre a Europa e o Reino Unido e que as mulheres que dirigem a Escócia e o Reino Unido têm grandes trabalhos pela frente.

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