sexta-feira, 3 de março de 2017

O futuro da Europa discute-se em França

No próximo dia 27 de Abril vai decorrer a 1ª volta das eleições presidenciais francesas e, neste momento, há nove candidaturas no terreno.
Segundo as sondagens conhecidas, os candidatos melhor posicionados para chegarem à 2ª volta que se realiza no dia 7 de Maio são Marine Le Pen pela Frente Nacional de Extrema-Direita com 26% das intenções de voto, Emmanuel Macron pelo Centro-Esquerda com 25%, François Fillon pelos Republicanos do Centro-Direita com 20%, Benoit Hamon pelo Partido Socialista com 14% e Jean-Luc Mélenchon pela Esquerda com 11%.
Com tudo somado, verificamos que há um enorme equilíbrio entre Esquerda e Direita e, portanto, um elevado grau de incerteza quanto à pessoa que substituirá François Hollande. A revista The Economist diz hoje que as eleições presidenciais serão a próxima Revolução Francesa, depois daquela que aconteceu em 1789, salientando que esta eleição vai decidir o futuro da Europa. É verdade.
Embora haja muita gente que entenda que esse futuro já é um caminho sem retorno, porque a Europa está há muito tempo sem rumo e sem voz, há sempre a esperança de que surja uma luz ao fundo do túnel nesta caminhada para o abismo em que se meteram os líderes europeus. A sobrevivência do projecto europeu está ameaçada. Os ingleses bateram com a porta e, em Washington ou Moscovo, ninguém ouve Hollande, nem Merkel, nem Juncker, completamente alcoolizados pela sua cegueira política, pelos seus interesses nacionais e, em certa medida, pela sua carência de verdadeiros ideais europeus. Depois de 7 de Maio, as posições do novo Presidente da República Francesa vão, de certa forma, decidir ou acelerar o futuro da Europa e de muitas outras coisas.

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