terça-feira, 25 de abril de 2017

Os ideais do 25 de Abril estão bem vivos

O 25 de Abril que os poetas cantaram e que o povo aclamou nas ruas, aconteceu há 43 anos. Nesse inesquecível dia, a que Sofia de Melo Breyner chamou o “dia inicial inteiro e limpo”, foi derrubado um regime político que oprimia o povo e reprimia os seus adversários, que persistia numa guerra injusta e prolongada, que estava isolado internacionalmente, que se conformava com o subdesenvolvimento económico e social e que apostava no obscurantismo cultural.
O Jornal do Fundão destacou-se na luta contra o antigo regime e, depois do 25 de Abril, esteve sempre na primeira linha da defesa dos ideais da liberdade e da democracia, pelo que aqui o apresentamos como um símbolo de coerência e de liberdade.
Os 43 anos que decorreram desde 1974 traduziram-se num enorme progresso económico e social da sociedade portuguesa, num espectacular avanço nos campos da educação, da saúde e das infraestruturas, na melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento cultural da nação portuguesa, para além da sua integração na Europa e da recuperação do seu lugar no plano internacional.
Os objectivos do movimento de militares que planeou e realizou o 25 de Abril foram alcançados, isto é, concretizou-se a Democratização, realizou-se a Descolonização e promoveu-se o Desenvolvimento. A geração do 25 de Abril pode orgulhar-se do serviço que prestou ao país, pois soube interpretar os anseios do povo e foi capaz de abrir as portas para que o nosso país fosse melhor e mais próspero.
Pergunta-se muitas vezes se tudo correu bem e é evidente que não, havendo quem defenda que ainda há uma parte do 25 de Abril por cumprir. De facto, o peso da herança recebida, o excesso de entusiasmo, as rivalidades políticas, a submissão aos mercados financeiros, os contextos internacionais e muitos erros próprios, não permitiram que fossem completamente alcançados os níveis de desenvolvimento desejados. Assim, ainda encontramos faixas da sociedade, ou sectores económicos, ou regiões periféricas, onde ainda prevalecem índices de desenvolvimento insatisfatórios e onde se verificam situações inaceitáveis de pobreza, de desigualdade ou de desemprego, bem como algumas condenáveis práticas de corrupção e de autoritarismo. Por isso, é preciso que o ideal libertador e de progresso do 25 de Abril chegue a toda a gente, a todos os sectores e a todas as regiões. Viva o 25 de Abril!

2 comentários:

  1. O 25ABR não foi um acto que, embora faça todo o sentido comemorar, morreu no tempo e que apenas ficou só no calendário. Não, foi antes um abrir caminhos a todos aqueles que façam questão de prosseguir e pugnar pelos mais nobres Valores da Humanidade.

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