terça-feira, 4 de julho de 2017

Macron procura novo rumo para a Europa

Emmanuel Macron foi eleito Presidente da República Francesa no passado dia 7 de Maio e no dia 18 de Junho ganhou as eleições legislativas com maioria absoluta. Um êxito rápido e surpreeendente. Ontem, menos de dois meses depois de chegar ao Eliseu, o presidente francês chamou ao palácio de Versailles os deputados e os senadores franceses e anunciou-lhes a sua estratégia para reformular de alto a baixo a política francesa. Para que não ficassem dúvidas sobre as suas intenções anunciou o propósito de reduzir em um terço o número de representantes de cada câmara – de 577 para 385, na Assembleia Nacional, e de 348 para 232, no Senado – e de alterar o actual sistema eleitoral de duas voltas das eleições legislativas, de forma a permitir uma representação parlamentar mais proporcional ao número total de votos, acrescentando que tratará da aprovação direta desta reforma pelos eleitores num referendo, se os parlamentares não analisarem rapidamente as propostas que anunciou.
O discurso de Macron reafirmou que os recentes resultados eleitorais são a prova do desejo de mudança e de alternância política dos franceses e o seu diagnóstico foi esclarecedor: “O nosso equilíbrio financeiro está deteriorado, a nossa dívida é considerável. O investimento produtivo é baixo. O desemprego atingiu níveis insuportáveis. A pobreza aumenta”.
Para além deste aspecto, o discurso de Macron referiu o estado de uma Europa enfraquecida pela burocracia, pelos egoísmos nacionais e pelo crescimento do cepticismo quanto ao futuro, prometendo lutar por uma maior justiça social e por uma nova Europa. O que não há dúvida é que com Emmanuel Macron parece haver um rumo alternativo ao declínio europeu dos últimos anos.

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