quarta-feira, 5 de julho de 2017

No ciclismo como na vida, não vale tudo

Está a decorrer a 104ª edição da Volta à França em bicicleta ou o Tour de France, uma das mais importantes provas desportivas mundiais que se realiza desde 1903 e que desperta um entusiasmo indescritível como se pode observar nas reportagens televisivas. Nos últimos anos, através da recolha de imagens muito diversas e da utilização de várias tecnologias de informação, o espectador televisivo pode acompanhar a corrida em directo, podendo observar tudo com grandes detalhe, talvez mesmo com mais informação do que se estivesse a pedalar no meio do pelotão de ciclistas. Além disso, a realização nunca perde a oportunidade de valorizar a reportagem com a apresentação de imagens dos belos monumentos e paisagens francesas, numa quase sugestão para que os turistas os visitem. São sempre grandes reportagens!
Ontem o Tour esteve no nordeste da França e teve a sua quarta etapa desde Mondorf-les-Bains até Vittel, numa distância de cerca de 207 quilómetros. Tudo correu com normalidade e correu-se com as altas velocidades proporcionadas pelas estradas planas da região da Lorena. Quando os ciclistas disputavam o sprint final para cortar a meta em primeiro lugar e vencer a etapa, aconteceu uma queda aparatosa. Só as imagens permitiram verificar que o ciclista eslovaco Peter Sagan, bicampeão mundial de ciclismo, dera uma cotovelada no ciclista britânico Mark Cavendish, um ciclista que já tem 30 vitórias em etapas do Tour, quando este o tentava ultrapassar pelo lado direito, causando a sua queda. Alguns jornais franceses e espanhóis destacaram a fotografia da cotovelada de Sagan que fez cair Cavendish.
Peter Sagan foi expulso da prova por decisão do colégio de comissários e Mark Cavendish foi obrigado a desistir devido a problemas e eventuais fracturas no ombro. O Tour vai continuar, mas vai sentir-se a ausência destes dois grandes ciclistas. Porém, no ciclismo como na vida, tem de haver regras e não vale tudo.

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