sexta-feira, 7 de julho de 2017

Cuidado com os valentões oportunistas!

O incêndio de Pedrógão Grande e o roubo de Tancos foram factos muito graves que têm provocado muito pesar e um justificado alarme na sociedade portuguesa.
A onda de solidariedade que se gerou em torno da tragédia de Pedrógão Grande e a apreensão sobre as circunstâncias em que aconteceu o roubo de Tancos, têm marcado o nosso quotidiano e todos querem saber o que realmente se passou. Depois de muitos meses de euforia económica, de descontracção social e de alegria popular, estes casos foram autênticos murros no estômago.
Ninguém tem dúvidas que, num caso como no outro, houve coisas que não correram bem e que têm que ser esclarecidas.
Ninguém tem dúvidas que, num caso como no outro, há coisas que todos os governos têm desleixado desde há muitos anos.
Ninguém tem dúvidas que, num caso como no outro, os ministros fizeram o que podiam, isto é, a Ministra Constança não ateou qualquer fogo e o Ministro Azeredo não furou qualquer vedação.
Porém, também ninguém tem dúvidas que Cristas disparou numa histeria sem pudor, sem procurar outra coisa que não seja fazer sangue no governo, mas também no seu adversário directo. Este, embora sem a histeria da jovem angolana que quer governar Lisboa, também não se cansa de atacar tudo por interesse eleitoral. Nenhum deles parece lembrar-se dos que sofreram nem do que é preciso fazer para os ajudar. Chafurdam na política. São uns oportunistas. Para eles o que aconteceu não foi uma tragédia, mas tão só uma oportunidade política.
Porquê então este desregramento e esta histeria dos líderes da oposição que ao verem o adversário político debilitado pela tragédia, o esmurram e pontapeiam para colher dividendos, como se o que agora aconteceu não fosse também da sua responsabilidade política, designadamente nos anos do goverrno Passos-Portas-Cristas?  Uns valentões. Cuidado com eles!

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