terça-feira, 3 de outubro de 2017

Autárquicas mostram um país cor-de-rosa

As eleições autárquicas realizaram-se no passado domingo e embora os resultados representem as escolhas dos eleitores perante as alternativas locais que lhes foram apresentadas, não deixam de ter um significado nacional.
Como de costume, cada um minimiza as derrotas e maximiza as vitórias, porque os números não têm igual significado na matemática eleitoral, dependendo de quem os usa. Por isso, não têm faltado comentadores e comentários bem diversos. Porém, sem excepção, todos têm destacado o Partido Socialista como o grande vencedor destas eleições pelo número de câmaras que venceu a nível nacional, designadamente nas principais cidades. De facto, das 308 câmaras municipais em discussão eleitoral o PS venceu em 158, mais o Funchal e Felgueiras em coligação, o que lhe garante a continuidade da presidência da Associação Nacional de Municípios. À frente das vitórias socialistas está, naturalmente, a cidade de Lisboa, onde Fernando Medina foi reeleito com 42,02% dos votos, mas onde a candidata do CDS obteve 20,57% dos votos, o que é um resultado surpreendente, embora tivesse beneficiado largamente da fraqueza da candidata do PSD a quem “roubou” uma boa parte dos seus votos. Na sua histérica euforia, a futura vereadora Assunção bem pode ir pensando que este caso não se volta a repetir e que nas próximas eleições voltará a ser em Lisboa o que é a nível nacional, isto é, quase nada.
O grande derrotado destas eleições foi o PSD que teve os piores resultados da sua história autárquica, sobretudo nas grandes cidades, embora esses resultados pareçam não impressionar o seu presidente que continua agarrado ao poder, sem perceber que a sua derrota resultou em grande parte das suas más escolhas de candidatos. O PCP, através da sua coligação eleitoral, perdeu 9 câmaras municipais, designadamente Almada, Beja e Barreiro, mas ainda governa 23 câmaras municipais, o que é significativo. O Bloco de Esquerda ficou com pouco para contar e não conseguiu beliscar nem o Partido Socialista, nem António Costa, como tanto procurou.
António Costa tem beneficiado de uma conjuntura europeia e nacional muito favoráveis e os resultados da sua governação têm sido excepcionais, com mais crescimento económico, mais emprego, menos défice, saída dos défices excessivos e do lixo das agências de notação financeira, reposição de rendimentos e, sobretudo, mais optimismo e mais confiança dos agentes económicos. A solução governativa que escolheu e que acabou com aquela tristeza que era o  “arco da governação”, não só se revelou muito inclusiva, como resultou positivamente para o bem do país. Os eleitores mostraram o seu agrado e deram-lhe o seu voto.
O país continua a viver o seu quotidiano sem medo do diabo e ficou mais cor-de-rosa, como anunciaram as notícias da Sapo 24.

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