terça-feira, 28 de novembro de 2017

Aprovação do Orçamento reforça Governo

A Assembleia da República aprovou ontem o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) com os votos favoráveis do PS, Bloco de Esquerda, PCP, Os Verdes e PAN e os votos contra do PSD e do CDS, o que significa que foi aprovado por 56% dos 230 deputados. De acordo com a imprensa, o OE2018 consagra menos impostos para as famílias e mais impostos para as empresas com lucros muito elevados, o que se traduz em boas notícias para grande parte dos contribuintes, dos reformados, dos senhorios e dos desempregados.
Em termos técnicos, o Orçamento do Estado inclui em cada ano o montante das despesas autorizadas e a previsão das receitas, pelo que é o documento que assegura a actividade financeira do Estado e, por isso, está muito condicionado pela situação da dívida e do défice públicos. Porém, o Orçamento é mais complexo porque discrimina inúmeras receitas e despesas que afectam o rendimento e a vidas das pessoas, daí resultando que a proposta inicial apresentada pelo Governo acaba por receber muitas alterações para satisfazer interesses muito diversos e para assegurar que é votado favoravelmente. Negociar o Orçamento é sempre uma procura de equilíbrio entre o desejável e o possível, entre as necessidades ilimitadas e os recursos escassos.
Sem Orçamento o Governo não pode governar e, por isso, também é um instrumento de luta política, em que cada partido intervém em função do seu próprio interesse e das suas futuras perspectivas eleitorais. É natural que uns queiram uma coisa e outros defendam outra. O que não é natural é que quem dirige o CDS e porque não sobe nas sondagens, mantendo-se com os habituais 7%, esteja a perder a compostura e a revelar falta de educação, mostrando demasiada agressividade e insultando continuadamente António Costa e o seu governo.

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