terça-feira, 21 de novembro de 2017

Macau e Timor estão unidos pela História

Entre o território da ilha de Timor, onde está estabelecida a República Democrática de Timor-Leste e o território de Macau, que é uma região administrativa especial da República Popular da China, existem afinidades históricas cujo denominador comum é Portugal, apesar de estarem separadas por 3.666 quilómetros.
No período da expansão marítima para o Oriente, os navegadores e os mercadores portugueses chegaram aos mares da China em 1513 e estabeleceram-se em Macau em 1557, tendo chegado a Lifau na ilha de Timor em 1514 e fundado a povoação de Dili em 1769. Os estabelecimentos de Macau e Timor estavam então sob a tutela do Vice-rei da Índia que residia em Goa, mas em 1844 a cidade de Macau e os estabelecimentos de Solor e Timor foram desligados do Estado da Índia e das autoridades de Goa, passando a constituir a província de Macau, Solor e Timor, com um governador residente em Macau e um governador subalterno em Timor, dele dependente.
Quase dois séculos depois, esses territórios pertencem hoje à China, à Indonésia e a Timor-Leste, mas a ligação íntima entre Macau e Timor que então nasceu por via administrativa e sob a bandeira portuguesa, ultrapassou muitas circunstâncias.
Não admira, por isso, que a edição do hojemacau destaque na primeira página da edição de hoje a fotografia de Mari Alkatiri, o primeiro-ministro de Timor-Leste, a propósito de uma moção de censura ao governo minoritário da Fretilin que a oposição timorense apresentou no Parlamento, por este ainda não ter apresentado o seu programa. É um mari de problemas, titula o jornal.
Entretanto, o presidente timorense Francisco Guterres Lu-Olo já avisou o governo e a oposição que a sua missão é servir o país, tal como todos fizeram conjuntamente na sua luta pela independência nacional.

Sem comentários:

Enviar um comentário