domingo, 7 de janeiro de 2018

A brutalidade do frio em Nova Iorque

Aproximava-se o Natal e o meu amigo JBM tratou de preparar uma grande viagem familiar até aos Estados Unidos. No dia previamente escolhido dirigiu-se ao aeroporto da Portela, cumpriu todas as formalidades no check-in e no controlo de passaportes, foi revistado pela segurança, fez o scan das bagagens e, a seguir, esperou na sala de embarque.
Depois, entrou num grande avião, atravessou o Atlântico a 30 mil pés de altitude e a 900 quilómetros por hora e desembarcou no JFK. Estava em Nova Iorque. Tinha a Big Apple ao seu dispor.
As expectativas eram altas pela qualidade e diversidade cultural da oferta nova-iorquina em espectáculos, teatros, museus, exposições, restaurantes, lojas e jardins. Tudo ali à mão em Manhatan, na Broadway, em Times Square, no Central Park e na 42th Street. Até que a neve, a chuva e o frio apareceram.
Primeiro a intempérie surgiu de uma forma suportável e muito própria daquelas latitudes, mas depois tornou-se brutal, como hoje a classificou o Newsday, o principal diário de Long Island. As temperaturas do ar chegaram aos 20 graus Celsius negativos e têm-se mantido abaixo dos 10 graus Celsius negativos. Parecia o Alaska e o jornal escreveu: Brutal cold.
A um homem que bem conhece as tempestades marítimas atlânticas, a dureza dos calores tropicais e o sufoco das matas africanas, faltava esta experiência extrema. Agora ao JBM só fica a faltar uma escalada do Everest ou uma participação num Paris-Dakar para ser um vencedor de desafios difíceis.

2 comentários:

  1. Será que o JBM congelou? Com um frio daqueles não seria grande surpresa!!!

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  2. Há que ter em conta que as reservas calóricas dadas por bons carapaus ajudam e muito a aguentar com menos 15°. Depois, são camisolas, muitas lãs e um aspecto de urso polar na sua versão preta, e qualquer septuagenário aguenta. Ai aguenta, aguenta...

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