segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

António Guterres ou o homem incomum

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, dirigiu ontem uma mensagem ao mundo, tendo afirmado que durante o ano de 2017 “os conflitos se aprofundaram e emergiram novos perigos, enquanto a ansiedade global relacionada com as armas nucleares atingiu o seu pico desde a guerra fria”. Além disso, acrescentou que as alterações climáticas estão a avançar mais rapidamente do que os esforços para as enfrentar, que as desigualdades se acentuaram, que persistem graves violações dos direitos humanos e que estão a aumentar os nacionalismos e a xenofobia.
Apelou depois à união de todos para tornar o mundo mais seguro e para solucionar os conflitos e lançou um apelo e um desafio aos líderes de todo o mundo para que assumam um compromisso, dizendo: “estreitem laços, lancem pontes, reconstruam a confiança, reunindo as pessoas em torno de objetivos comuns”.
A mensagem de António Guterres é um alerta para a Humanidade e, tendo sido dita em português, constituiu um motivo de grande satisfação para a Lusofonia.
Após um ano de mandato, António Guterres tem justificado a confiança do Conselho de Segurança das Nações Unidas e tem-se afirmado como o homem certo para o lugar para que foi eleito. Quando em Maio de 2016 recebeu em Coimbra o título de doutor honoris causa, o aplauso veio de todos os quadrantes e o Presidente da República não lhe poupou elogios: "Já disse várias vezes que o engenheiro António Guterres é a figura mais brilhante da minha geração" e "considero que ele foi, porventura, o primeiro-ministro mais amado de Portugal". Um homem destes é um fenómeno raro e, por isso, muito há ainda a esperar do seu desempenho como secretário-geral das Nações Unidas.

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