domingo, 18 de fevereiro de 2018

Animais nos restaurantes? Não, obrigado.

A Assembleia da República aprovou algumas propostas que vão permitir a entrada de todo o tipo de animais de companhia em espaços fechados de restauração e essa permissão vai entrar em vigor a partir do próximo mês de Maio. Hoje, o jornal Público anuncia essa nova lei em primeira página e eu fiquei assustado, pois já estou a imaginar que nunca mais possa entrar num restaurante português, porque desconfio da educação cívica da maioria dos donos dos animais que lá possam estar e não quero estar próximo deles. Essas mesmas pessoas não cuidam dos seus animais que ameaçam a saúde pública ao permitirem, por exemplo, que os dejectos caninos infestem a cidade, como se vê nas ruas de Lisboa. Como é possível que os responsáveis por essa pouca vergonha que é o ataque à higiene pública tenham o direito de entrar nos restaurantes com os seus cães ou com outros animais de estimação? Os comportamentos a que assisto repetidamente por parte dos donos dos cães, não me dão garantias de que esse comportamento seja diferente no interior dos restaurantes. E se forem cobras e lagartos? E ratos e sapos? E se os rottweillers, os pitbulls ou os cães de fila brasileiros estiverem nesses mesmos restaurantes? Como foi possível que a maioria dos deputados aprovasse uma lei destas?
Embora esta legislação seja uma novidade em Portugal, parece que já é uma prática corrente na maioria dos países europeus, se bem que não seja igual em todos eles. Talvez nesses países haja comportamentos cívicos diferentes dos hábitos dos donos dos cães e de outros animais de estimação em Portugal. Estou assustado e receoso de não voltar a frequentar restaurantes portugueses.
Animais no meu restaurante? Não, obrigado.

1 comentário:

  1. Apenas três à partes:
    1º - Já vi um casal com um porco como animal de estimação, a andar e a fazer tudo (o que a Natureza lhe exigia) lá por casa (é mesmo verdade); como é se o quisessem ter levado a um restaurante neste tempo?
    2º - E se um pastor quiser levar o ser rebanho de estimação a acompanhá-lo a um merecido almoço? Ou mais divertido: um maioral?
    3º - Por fim, não compreendo o lavar das mãos do legislador ao atirar para o estabelecimento a decisão de deixar ou não entrar os animais.

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