segunda-feira, 9 de abril de 2018

O entusiasmo dos franceses pelo ciclismo

Realizou-se ontem a 116ª edição do Paris-Roubaix, uma prova clássica do ciclismo mundial, em que os ciclistas percorreram 257 quilómetros entre Paris e Roubaix, próximo da cidade de Lille e da fronteira belga. A prova é conhecida como “a rainha das clássicas”, mas também como “o inferno do Norte”, devido às várias secções do percurso que são feitas em estradas muito estreitas e de piso empedrado ou “pavé”. Na prova ontem disputada aconteceu uma tragédia quando o ciclista belga Michael Goolaerts sofreu uma queda num desses percursos de “pavé” e veio a falecer no hospital para onde foi transportado.
O vencedor desta edição do Paris-Roubaix foi o ciclista eslovaco Peter Sagan que é tricampeão mundial de estrada. Dois ciclistas portugueses da equipa espanhola Movistar participaram na prova: Nuno Matos chegou em 91º lugar e Nélson Oliveira não chegou ao fim.
O diário La Voix du Nord dedica hoje a sua primeira página a esta prova, com uma expressiva fotografia que mostra alguns ciclistas a pedalar por entre uma multidão entusiasmada que se atravessa na estrada para ver, fotografar, aplaudir e incitar. Essa é, de resto, a imagem de marca das provas ciclistas em geral e das provas francesas em particular, onde o entusiasmo pelo ciclismo parece “coisa de loucos” e é bem superior ao entusiasmo pelo futebol.
O Paris-Roubaix disputa-se desde 1896 e faz parte do pequeno número de provas desportivas que se disputam desde o século XIX, o que acontece por exemplo com a Oxford and Cambridge Boat Race (1856), a America’s Cup (1857), o Wimbledon Championship (1877), o US Open (1881) e o Roland-Garros (1891).

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