segunda-feira, 2 de abril de 2018

Sevilha iniciou a temporada taurina

Ontem, dia 1 de Abril, aconteceu o Domingo de Resurrección en Sevilla, uno de los días grandes del año taurino, com a primeira das treze corridas de touros programadas para este mês na Real Maestranza de Caballería de  Sevilla.
Foi o início  da temporada sevilhana de 2018 e a edição local do jornal ABC dedicou a sua primeira página ao acontecimento e, tal como muitos outros jornais espanhóis, fez o relato técnico da corrida em que participaram os diestros Antonio Ferrera, José María Manzanares e Andrés Roca Rey com as suas cuadrillas, numa plaza de toros cheia e onde no cabía ni un alfiler. O peruano Andrés Roca Rey foi o triunfador do dia, enquanto José María Manzanares sofreu uma espectacular colhida, embora sem consequências.
A tauromaquia ou arte de lidar touros é uma antiga tradição ibérica que foi exportada para os países americanos de língua espanhola, mas é uma arte muito polémica que tem tantos apaixonados defensores, como persistentes detractores. Na maioria das comunidades espanholas as corridas de touros a pé ou a cavalo são legais e em algumas delas foram declaradas como “bien de interés cultural y patrimonio cultural inmaterial”, mas na Catalunha e nas Canárias foram simplesmente proibidas. Em Portugal existe a mesma polémica a respeito das touradas mas com aspectos próprios, até porque a morte dos touros foi proibida em 1836, tendo surgido desde então os grupos de forcados e as pegas ou imobilização dos touros só com as mãos, que são uma prática exclusivamente portuguesa.
Embora não sendo um aficionado por estas práticas, aprecio o entusiasmo espanhol pela festa brava e reconheço que há muita gente em Portugal que cultiva a cultura taurina, sobretudo no Ribatejo e no Alentejo.

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