segunda-feira, 18 de junho de 2018

Unesco vai classificar o Farol de Cordouan

O jornal Sud Ouest é publicado diariamente em Bordéus e é um dos maiores jornais regionais franceses, com uma circulação da ordem dos 300 mil exemplares diários. Na sua edição de hoje o jornal noticia a realização de uma grande festa nas imediações do farol de Cordouan para apoio da sua candidatura a património mundial da Unesco e associa-se a essa campanha com a divulgação da história do farol, com muitas imagens e com informações sobre o processo em vias de decisão.
O farol de Cordouan fica situado sobre uma pequena ilha rochosa à entrada do estuário do rio Gironda, a cerca de 3 milhas da costa, tendo servido desde tempos muito recuados para assinalar a entrada da barra às embarcações que iam carregar vinho na região de Bordéus. Porém, só em 1611 foi construida uma estrutura com as características de um farol. Essa estrutura foi melhorada ao longo dos anos e o alumiamento do farol foi modernizado, mas só entre 1786 e 1790, quando a torre foi acrescentada de 20 metros, é que o farol tomou a sua forma actual com 68 metros de altura.
É uma estrutura monumental de grande harmonia arquitectónica, com vários pisos onde se situam alojamentos, capela e, no topo, o sistema de alumiamento que só em 1950 passou a ser eléctrico. O farol recebeu o estatuto de monumento histórico em 1862 e agora quer ser reconhecido pela Unesco e ter o estatuto de Património da Humanidade. É de facto um farol único no mundo, que os franceses gostam de designar como o “farol dos reis, rei dos faróis” ou o “Versailles do mar”. É uma das atracções turísticas do sudoeste francês e recebe cerca de 20 mil visitantes por ano que pagam 11 euros pela visita, mas que não inclui o transporte por mar até ao farol. Porém, dizem os que já lá foram, que valeu a pena.

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