quinta-feira, 21 de junho de 2018

O crescente isolacionismo do Donald

Os Estados Unidos anunciaram que vão abandonar o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH) porque, segundo declarou Nikki Haley, a Representante Permanente dos Estados Unidos junto das Nações Unidas, consideram essa organização "hipócrita e egoísta". Esta decisão de Donald Trump, que a diplomata de origem indiana anunciou, também resulta do facto da actual administração americana não gostar de ver a China, Cuba e a Venezuela na CDH, porquanto considera esses países violadores dos Direitos Humanos, mas também porque não aceita a forma como é atacado o Estado de Israel e é tratada a questão dos "direitos do Homem na Palestina”.
Esta decisão do Donald segue-se a um número já considerável de decisões polémicas que tomou no plano internacional, que incluem a saída da Unesco, o fim do financiamento a vários órgãos das Nações Unidas, o acordo transpacífico de comérco livre, os acordos de Paris sobre as alterações climáticas ou o acordo nuclear sobre o Irão apoiado pelas Nações Unidas.
Acentua-se, portanto, a política unilateralista e isolacionista da administração Trump ou, o mesmo é dizer, do especial modo como o Donald faz política internacional. Hoje o jornal Le Monde destaca mais este passo no caminho do isolacionismo americano e da sua confrontação com meio mundo, apesar do sinal contraditório que foi a recente Cimeira de Singapura. A fotografia de Merkel e de Macron, que ilustra a primeira página do jornal, bem pode traduzir a crescente preocupação europeia por esta caminhada sem rumo do Donald.

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