quinta-feira, 5 de julho de 2018

As bandeiras como símbolo de gratidão

Num país de forte emigração como é Portugal, há os emigrantes que regressam em definitivo e há aqueles que regressam para passar férias e para matar saudades.
Como expressão de gratidão à terra que os acolheu ou como exibição de um sucesso que a emigração proporcionou, muitos desses emigrantes criaram o hábito, que já tem o estatuto de tradição, de hastear a bandeira do país de acolhimento ao lado da bandeira nacional.
Assim, não é raro, sobretudo no Verão, encontrarmos algumas casas nas aldeias portuguesas em que são visíveis as bandeiras de alguns dos países de acolhimento, como por exemplo da França e da Alemanha.
Porém, esta prática tem uma singular expressão nos Açores. Os Açores são historicamente uma terra de emigrantes e nas suas nove ilhas proliferam os sinais que nos recordam essa realidade e são muito frequentes as bandeiras de Portugal e da Região Autónoma, muitas vezes acompanhadas pelas bandeiras dos Estados Unidos da América e do Canadá. Ontem, na ilha do Pico, fui confrontado com uma expressão de amizade luso-canadiana que me era desconhecida: uma bandeira-homenagem em que o escudo português se sobrepõe à folha do plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus) que é a árvore nacional do Canadá. A curiosa bandeira flutuava ao vento junto da bandeira da Região Autónoma dos Açores e tratei de a registar próximo da vila da Madalena do Pico.

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