segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Fernando Pimenta é o rei da canoagem

Nas pistas de Montemor-o-Velho, o canoísta Fernando Pimenta sagrou-se este sábado pela primeira vez campeão do mundo na categoria K1 1000 metros, depois de ter conquistado a medalha de bronze em 2015 e a medalha de prata em 2017.  No dia seguinte, se não fosse a manchete do Diário de Coimbra, poucos teriam sabido desta notável proeza de Fernando Pimenta, porque nem a imprensa generalista nem a imprensa desportiva compreendem que isto de se conseguir ser campeão do mundo deve ser coisa que dá muito trabalho, que implica devoção e que exige muito sacrifício, mas que também carece de reconhecimento. Por isso, essas figuras são tão raras em Portugal e podem contar-se pelos dedos das mãos. É o caso de Nélson Évora e Rosa Mota, de Rui Costa e de Carlos Lopes e poucos mais. Esses é que são os nossos campeões, mas a nossa imprensa não é sensível aos grandes feitos desportivos e prefere o sensacionalismo e os julgamentos na praça pública.
Passaram 24 horas e Fernando Pimenta apresentou-se para disputar a final da prova de K1 5000, a mais longa do programa, na qual iria defender o seu título de campeão mundial conquistado no ano passado em Racice, na República Checa. Foram 21 minutos e 43 segundos de luta e Fernando Pimenta ganhou. Foi a sua segunda medalha de ouro e, dessa forma, Portugal aparece em 7º lugar no medalheiro do Campeonato do Mundo de canoagem de velocidade. É realmente um acontecimento.
Hoje, o jornal A Bola dedicou a sua primeira página, ao bicampeão do mundo, o que é raro e se saúda. Porém, as manchetes dos outros jornais desportivos são a vinda de Ramires para o Benfica e os reforços para a defesa do Porto. Tanta mediocridade jornalística até dá vontade de rir.

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