sábado, 19 de janeiro de 2019

Trump quer o regresso dos seus soldados

A última edição da revista Newsweek destaca as recentes decisões de Donald Trump em relação ao Daesh e à Síria, que mostram a sua vontade de trazer de volta para casa os soldados americanos que, segundo a revista, estão actualmente envolvidos em conflitos em sete países. 
Aconteceu que, ignorando os pareceres dos comandos militares e dos seus assessores, o Donald se decidiu recentemente pela retirada dos dois mil soldados americanos que se encontram na Síria, o que deixa os seus aliados curdos à mercê dos turcos, mas também já anunciou a redução significativa das tropas americanas que se encontram no Afeganistão. Essa decisão, foi acompanhada por uma declaração do Donald, que afirmou que “American forces will come home under a banner of victory”, mas muitos observadores afirmam tratar-se uma ilusão que se possa cantar vitória sobre o Daesh, sobre os talibans afegãos ou sobre outras forças adversárias que lutam no Médio Oriente. O que o Donald está a fazer, sem medir as consequências ao nível do descrédito da sua política externa, é uma tentativa para aumentar a sua popularidade ao alinhar na crescente crítica interna às guerras “que nunca mais acabam”, que desgastam as tropas e que custam muito dinheiro. Porém, o Donald acrescenta-lhe um toque pessoal e, embora não tenha nenhuma evidência clara quanto a uma vitória americana, nem de uma derrota dos seus inimigos, promove o regresso dos soldados e trata de “vender” internamente aos cidadãos americanos a ideia de uma vitória militar.
Porém, nem os americanos acreditam que o ISIS ou Daesh, a Al-Qaeda, os Mujahideen, os Talibã ou a Frente al-Nusra, estejam derrotados.

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