sábado, 5 de julho de 2025

Viva a independência de Cabo Verde

A República de Cabo Verde celebra hoje 50 anos de independência e está anunciada uma grande celebração oficial que conta com a presença de quatro chefes de Estado, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa. Aqui, também saudamos essa efeméride e associamo-nos ao semanário Nação que se publica na Cidade da Praia.
O país consta de um arquipélago de dez ilhas com uma superfície total de cerca de 4.033 km2, que fica situado na costa ocidental africana na latitude do Senegal. Descoberto pelos navegadores portugueses e colonizado desde meados do século XV, o arquipélago esteve sob soberania portuguesa até à proclamação da sua independência no dia 5 de Julho de 1975. A reivindicação independentista foi dirigida por Amílcar Cabral e pelo PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), embora só tivesse tido expressão armada na Guiné. Porém, o sentido descolonizador do movimento do 25 de Abril em Portugal e os princípios da Carta das Nações Unidas, levaram a que, através do Acordo de Argel de 26 de Agosto de 1974, o governo português tivesse reconhecido formalmente "o direito do povo de Cabo Verde à autodeterminação e independência".
Desde então, a República de Cabo Verde afirmou-se na cena internacional como um exemplo no contexto dos países africanos, com uma população instruída e com bons índices de desenvolvimento económico e social. O sentimento nacional é grande entre a população e “não há saudades do tempo colonial”, embora Portugal seja uma referência permanente para os cabo-verdianos, pela língua, pelas tradições culturais, pela memória histórica, pelos seus emigrantes que vivem em Portugal e pelo entusiasmo com o futebol, mas também por coisas que os portugueses muito apreciam como as mornas e coladeiras e por essa maravilha gastronómica que é a cachupa.
O país de Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Pedro Pires, Cesária Évora, Germano de Almeida, Corsino Fortes, Titina, Bana, B Leza, Tito Paris e tantas outras ilustres personalidades, é um grande país. E aqui neste velho Portugal, onde gostamos de chamar “nuestros hermanos” aos espanhõis e irmãos aos brasileiros, o que haveremos de chamar às gentes de Cabo Verde, que nos estão tão próximas histórica e culturalmente e que aprenderam connosco a dizer sodade?

Tour de France 2025: le départ et la fête!

A 112ª edição do Tour de France começa hoje em Lille e até ao dia 27 de Julho, os 204 ciclistas de 23 equipas irão percorrer 3.338,8 quilómetros distribuídos por 21 etapas. Dizem as crónicas que a corrida deste ano promete ser uma das edições mais emocionantes e exigentes da história recente, pela previsível luta entre o esloveno Tajed Pogacar (vencedor em 2020, 2021 e 2024), o dinamarquês Jonas Vingegaard (vencedor em 2022 e 2023) e o belga Remco Evenepoel, embora haja outros ciclistas dispostos a entrar nesta disputa, como Primoz Roglic, Adam Yates, Matteo Jorgenson e, naturalmente, o português João Almeida.
O Tour de France é a prova rainha do ciclismo mundial e é uma das provas desportivas que mais interesse despertam. A sua transmissão televisiva, que será assegurada pela RTP, é um “espectáculo dentro do espectáculo”, constituindo um programa de informação  turístico-cultural de grande qualidade.
Na prova deste ano participam os portugueses João Almeida e Nélson Oliveira e, naturalmente, espera-se que nos possam dar algumas alegrias.
Os portugueses não têm grande historial no Tour de France. Na classificação geral, Joaquim Agostinho é, até agora, o português mais bem classificado de sempre, com o 3.º lugar em 1978 e 1979. Seguem-se João Almeida com o 4º posto em 2024, José Azevedo com o 5.º posto em 2004 e Alves Barbosa com o 10.º lugar em 1956.
Este ano, o nosso João Almeida tem a obrigação contratual de ajudar Tajed Pogacar que é o seu chefe de equipa, mas todos esperamos que os dois portugueses possam juntar o seu nome ao dos cinco compatriotas que já venceram etapas no Tour de France: Joaquim Agostinho (4), Acácio da Silva (3), Rui Costa (3), Paulo Ferreira (1) e Sérgio Paulinho (1).
A corrida começa hoje e o jornal La Voix du Nord é apenas um dos jornais franceses que assinalou a partida desta grande festa desportiva dos franceses.