sábado, 11 de maio de 2024

Em defesa do reconhecimento da Palestina

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou ontem uma Resolução não vinculativa que pede o reconhecimento da Palestina como um estado soberano, que garante “novos direitos e privilégios” aos palestinianos e que pede ao Conselho de Segurança que reconsidere o pedido para plena adesão, o que a tornaria no 194º membro da organização. A Resolução foi aprovada por 143 votos a favor, com 25 abstenções e nove votos contra, apresentados pela Argentina, Israel, Estados Unidos, República Checa, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau e Papua-Nova Guiné. A notícia não teve a devida repercussão nos mass media internacionais, mas o jornal catalão La Vanguardia destaca na sua edição de hoje que “la Asamblea de la ONU vota que Palestina tiene derecho a ser miembro”. Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, regozijou-se com esta Resolução que abre as portas ao reconhecimento da Palestina pelas Nações Unidas, mas Israel criticou esta decisão que classificou como “um prémio ao Hamas”. A decisão cabe agora ao Conselho de Segurança, embora seja de prever o veto dos Estados Unidos.
Entretanto, a imprensa espanhola anuncia hoje que “España reconocerá a Palestina el 21 de mayo”, havendo notícias que referem que, no mesmo dia, também a Irlanda, a Bélgica, a Eslovénia, Malta e a Noruega, reconhecerão o Estado da Palestina. Afirmando que o reconhecimento da Palestina é do interesse da Europa, a Espanha afirma-se com vontade própria e não alinha com o grupo de países europeus que, com grande hipocrisia, continuam a fornecer armas a Israel e a apoiar o governo extremista de Benjamin Netanyahu na sua política de destruição do povo palestiniano. A Espanha bem merece a nossa saudação.

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