sábado, 25 de fevereiro de 2017

Amadeo, pintor vanguardista português

O Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado tem estado a apresentar uma exposição dedicada a Amadeo de Souza-Cardoso, que evoca a apresentação que o pintor fez das suas obras no Porto e em Lisboa em 1916.
Amadeo vivia em Paris e já era um pintor reconhecido com exposições colectivas em Paris, Berlim, Nova Iorque, Chicago, Boston e Londres, mas no início da 1ª Guerra Mundial regressou a Portugal e, no ano de 1916, realizou exposições em Novembro no Porto e em Dezembro em Lisboa.
A exposição agora organizada intitula-se "Amadeo de Souza-Cardoso/Porto Lisboa/2016-1916” e foi apresentada no passado mês de Dezembro no Museu Soares dos Reis no Porto e, desde o dia 12 de Janeiro, no Museu do Chiado em Lisboa.
Dizem as críticas que as exposições de 1916 provocaram escândalo e debate. Em Lisboa,  a exposição proporcionou o encontro entre Amadeo e Almada Negreiros, que era um entusiástico admirador de Amadeo e que se referiu à exposição como “mais importante do que a descoberta do caminho marítimo para a Índia”. A exposição tem atraido muitos visitantes que esperam em demoradas filas e distribui-se por 7 salas, onde se apresentam 81 obras, das quais 52 pertencem a instituições públicas e 29 a colecções privadas.
Amadeo e a sua obra bem mereciam um espaço mais amplo, para que as pessoas não esperassem tanto tempo e não se acotovelassem nas pequenas salas onde as obras estão expostas.

A amizade dos povos de Angola e Portugal

A verdadeira trapalhada que emergiu em Portugal nos últimos anos e que envolve tantos bancos, tanto dinheiro e tanta gente importante, parece não se confinar apenas ao território nacional, surgindo alegadas ramificações a interesses situados noutros países. Muita gente se envolveu e deslumbrou com os negócios e com o dinheiro, tirando partido patrimonial da situação. Muitos enriqueceram com donativos,  comissões e prémios de muitos milhões. Foi uma pouca vergonha e a Justiça acordou muito tarde para esta situação que se adivinhava estar a acontecer.
Num país que não é perfeito, a Justiça também não é perfeita e os seus agentes têm cometido erros grosseiros, nomeadamente com a sistemática violação do segredo de justiça, que é um atentado à dignidade das pessoas e se traduz num julgamento popular na praça pública. O Ministério Público português tem usado e abusado dos seus poderes e, directamente ou por via da comunicação social, tem promovido alguns inaceitáveis julgamentos populares. A suspeita é sempre a mesma: corrupção, fuga ao fisco, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
Um dos últimos acusados é um alto dirigente angolano e, de imediato, o governo angolano classificou como “inamistosa e despropositada” a forma como o Ministério Público português divulgou essa acusação e alertou que ela ameaça as relações bilaterais, enquanto o  Jornal de Angola destaca que estão ameaçadas as relações com Portugal. É uma posição precipitada e ameaçadora que não tem justificação. Acontece que existe em Portugal o princípio da separação de poderes e, sobre essa matéria, os governos não interferem. Angola sabe que a Justiça portuguesa é independente do poder político. Sabendo-se que é assim, as autoridades governamentais angolanas não devem tomar posições que belisquem a amizade e os interesses dos povos de Angola e de Portugal, que devem estar acima dos comunicados do Ministério Público português, ou seja, os governos não se devem meter nisto.