sexta-feira, 3 de maio de 2024

O protesto universitário contra Netanyahu

O povo palestiniano está a ser vítima de uma agressão cruel, violenta e desumana por parte das forças extremistas de Benjamin Netanyahu, perante a objectiva cumplicidade dos seus mais poderosos aliados que continuam a fornecer-lhe armamento. Nada, nem ninguém, parece poder travar a ânsia vingativa de Netanyahu.
Porém, nos últimos dias, manifestou-se um movimento de solidariedade para com os palestinianos, cuja expressão mais visível tem acontecido nas universidades americanas, desde Harvard a Los Angeles. Há registo em várias universidades americanas de protestos pró-Palestina e pelo fim da guerra em Gaza, o que já levou o presidente Joe Biden a pedir aos manifestantes moderação e o cumprimento da lei, ao mesmo tempo que se verificava a intervenção policial. Anunciam-se confrontos e mais de duas mil detenções. Os protestos já “atravessaram” o Atlântico e disseminaram-se por várias universidades do Reino Unido, onde os estudantes reclamam o fim da guerra e manifestam a sua solidariedade para com o povo da Palestina. Também em França, conforme documenta a edição de hoje do jornal Le Télégramme, que se publica em Brest, são cada vez mais as universidades que manifestam o seu apoio solidário ao povo palestiniano. A lição a tirar destas manifestações é que há muita gente a querer a paz e que estão cada vez mais isolados os que querem a guerra ou, ainda, que os líderes cedem a interesses sectoriais e não respeitam a vontade dos cidadãos.
Lamentavelmente, há comentadores televisivos entre nós que ainda defendem que a proposta israelita de cessar-fogo “é generosa”, manifestando uma chocante indiferença perante a destruição e a morte que as hostes de Netanyahu têm causado na Faixa de Gaza.