Os trágicos
incêndios que estão a devastar a Amazónia e a angustiar o mundo, não estão a
acontecer apenas no Brasil, pois também estão a afectar a Bolívia, sobretudo na
Chiquitania, que é a região mais oriental do país e que faz fronteira com o
Brasil e com o Paraguai.
Porém, enquanto
Jair Bolsonaro tem alimentado a polémica, ao negar as evidências e ao retardar
as medidas necessárias, o seu colega boliviano Evo Morales tomou medidas imediatas
e, uma delas, foi a decisão de contratar o
Boeing 747 da empresa americana
Global Super Tanker Services, que tem a sua base em Colorado Springs e que é
considerado o maior avião de combate a incêndios do mundo, pois pode
transportar 74 toneladas de água e de retardante. Só existe uma destas unidades,
conhecida por 747 Supertanker, que
foi adaptada em 2015 para a luta contra os incêndios e que, actualmente, já
interveio com sucesso na Califórnia, no Chile e em Israel. Agora, na Bolívia, as
primeiras notícias revelam que a acção do Supertanker “comienza a sofocar el
incendio”, como revela a edição de hoje do jornal boliviano Cambio.
A Chiquitania ou
Chiquitos é uma região boliviana que inclui um conjunto de seis cidades fundadas pelos
missionários jesuítas na primeira metade do século XVIII, cujas igrejas sobreviveram
à sua expulsão pelas autoridades espanholas e que em 1990 foram declaradas Património
Mundial pela Unesco.
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