quinta-feira, 25 de julho de 2024

Paris 2024 também é um acto cultural

Em vésperas da abertura oficial dos Jogos Olímpicos, sucedem-se as reportagens na imprensa sobre os seus aspectos desportivos, mas também outros aspectos que lhe estão associados, sobretudo de ordem política, económica, logística, cultural e diplomática. 
O pequeno Emmanuel Macron que tem acumulado tantos desaires políticos internos e internacionais, tem agora a oportunidade de ocupar o centro do mundo e brilhar à sombra dos 330 metros da altura da Tour Eiffel. Por isso, organizou uma grande festa de inauguração, a realizar no rio Sena, tendo convidado os presidentes das maiores multinacionais do mundo que já lhe garantiram 15 mil milhões de euros de investimento e um cortejo numeroso de líderes mundiais que lhe comprarão Airbus e material militar, mas nesse grupo faltarão Joe Biden, Vladimir Putin, Xi Jinping e Lula da Silva, porque os tempos não estão para grandes festas. Porém, não faltará Marcelo Rebelo de Sousa com a sua comitiva de assessores, mais os seus jornalistas convidados.
Haverá por certo várias declarações, nomeadamente de Macron, a pedir um cessar-fogo em Gaza e na Ucrânia, mas a França é um dos principais fornecedores de armamento a Israel e à Ucrânia, o que significa que muitos dos pedidos de tréguas ou de cessar-fogo que venham a ser feitos, são meros exercícios de retórica, ou mesmo de hipocrisia.
No entanto, nenhum destes comentários retira importância nem destaque à parte desportiva dos Jogos Olímpicos, como mostra a edição de hoje do JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias que, sendo o mais importante órgão de comunicação português na área cultural, reconhece nesta sua edição a grandeza cultural dos Jogos Olímpicos. E faz muito bem!

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