A edição de hoje
do The
Wall Street Journal destaca em primeira página e com uma fotografia a 4
colunas, o novo caça furtivo chunês Shenyang
J-35A, que foi apresentado pela Força Aérea
do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) no Air Show China
2024 realizado em Zhuhai.
Este caça de
última geração representa um importante passo na modernização militar chinesa e
é considerado um avanço no programa de armamento que visa igualar as
capacidades dos caças furtivos dos Estados Unidos, nomeadamente o F-22 e o F-35, isto é, pretende “desafiar a influência americana naquela
região asiática e reforçar as suas pretensões sobre Taiwan”. O caça J-35A é o resultado de uma década de
pesquisa e desenvolvimento centrado na Shenyang Aircraft Corporation e junta-se
ao caça J-20, que entrou ao serviço
em 2017.
O novo caça foi
apresentado na exibição aérea de Zhuhai, na qual também se exibiu o caça russo Sukhoi Su-57 o que, segundo os
especialistas, “aponta para uma crescente cooperação militar entre a China e a
Rússia”.
O mundo está a
ficar muito perigoso. Antigamente “contavam-se espingardas”, mas nos tempos
mais recentes contam-se aviões, mísseis e drones, enquanto se incentivam as
indústrias do armamento, como se uma confrontação estivesse próxima. Os
chamados complexos militares-industriais estão a ressuscitar e o investimento
na defesa parece estar a aumentar um pouco por todo o lado.
Luís de Camões,
no Canto IV de Os Lusíadas, pela voz
do velho Restelo perguntava a Vasco da Gama quando em 1497 partia para a Índia:
A que
novos desastres determinas
De
levar estes Reinos e esta gente?
Será que os
líderes mundiais pensam nos desastres a que podem conduzir os seus Reinos e as suas gentes?
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