terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Restaurar património é valorizar a cidade

A cidade de Lisboa tem uma traça muito singular que lhe é dada pelo estuário do Tejo e pelas suas colinas, mas também pelo seu património urbano, em que se destaca o Terreiro do Paço que, com 36 mil metros quadrados de superfície, é a maior praça da Europa. No centro desta monumental praça, que até há bem pouco tempo servia como parque de automóveis, encontra-se a estátua equestre de D. José I da autoria de Machado de Castro, que foi inaugurada em 1775 e que simboliza a reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755.
A estátua tem sido danificada pela poluição urbana e já foi objecto de duas acções de restauro em 1926 e 1983. Agora está de novo a ser alvo de uma intervenção de restauro total que deverá estar ser concluída em Agosto de 2013, num projecto que resulta de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a World Monuments Fund (WMF). A intervenção tem uma duração prevista de 12 meses e o seu custo total é de 490 mil euros, suportado pela WMF em 370 mil euros, pela CML em 80 mil euros e pelos Supermercados Continente em 40 mil euros.
O trabalho está a ser desenvolvido pela empresa NC - Nova Conservação, Limitada e é a primeira vez que a estátua é totalmente envolta por andaimes. Como aquele espaço atrai muitos turistas, a empresa teve a feliz ideia de decorar os painéis que envolvem a estátua, com gravuras e textos explicativos bilingues, sobre a praça, a estátua, o escultor e outras informações históricas, transformando aquele estaleiro de obra numa exposição muito interessante. A aplaudir!

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