segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Nova variante do vírus, nova preocupação

Quando a nova vacina contra o covid-19 começava a ser aplicada e o mundo já suspirava de alívio e se acentuavam os sinais de esperança, surgiu a notícia de que no Reino Unido fora descoberta uma nova variante do coronavírus que se está a disseminar muito rapidamente.
A nova variante que já é designada por VUI-202012/01, surgiu após mutações, já se tornou a forma mais comum do vírus em algumas regiões britânicas e, embora as suas características ainda estejam por conhecer, já é considerado que se transmite mais rapidamente que a anterior variante, o que está a gerar muita preocupação as autoridades de saúde britânicas. Uma das dúvidas que as autoridades sanitárias e a comunidade científica procuram saber é se as vacinas já aprovadas serão ou não eficazes contra a nova variante, pois não existem quaisquer evidências científicas que seja mais letal ou tenha efeitos mais graves do que a variante anterior. 
O centro da nova epidemia parece ser a região de Londres, mas já surgiram casos na Dinamarca, na Holanda e até na Austrália, que se pensa terem sido importados do Reino Unido. Perante esse quadro de incerteza, a generalidade dos países europeus e alguns países extra-europeus, decidiram “decretar a quarentena” ao Reino Unido, isto é, suspender os voos oriundos do Reino Unido, bem como as ligações marítimas e ferrroviárias provenientes das Ilhas Britânicas, o que hoje constitui o tema de primeira página do The Times. É mais um “soco no estômago” na indústria do turismo, mas a imprensa portuguesa não dá qualquer destaque a este assunto e disfarça a sua mediocridade com o seu habitual envolvimento no futebol e nos casos menores da vida política portuguesa. Quem quiser saber mais sobre este assunto não pode contar com a imprensa diária portuguesa.