quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

DT e a irrelevância dos líderes europeus

As tensões entre os Estados Unidos e a Ucrânia, ou entre o DT e o VZ, intensificaram-se nas últimas horas, são altamente lamentáveis e muito preocupantes. Diz a edição de hoje do jornal la Repubblica, que se publica em Roma, que Trump insultou Zelensky, ao chamar-lhe ditador e ao responsabilizá-lo pela guerra na Ucrânia, ao que Zelensky respondeu dizendo que Trump vivia numa bolha de desinformação. Ambas as declarações são insensatas, irrealistas e fazem parte de uma irresponsável retórica que, nestes tempos difíceis, não aproveitam a ninguém e apenas servem para agitar o mundo. Perante esta agravada tensão, uma vez mais a Europa mostra a sua incapacidade para lidar com estas situações, tal como aconteceu há três anos, tratando de insistir em mais guerra, mais soldados, mais aviões e mais mísseis, em vez de procurar integrar-se – como mediadora e não como parte do conflito – nas tentativas em curso para acabar com esta malvada guerra que continua a assustar o mundo. As reuniões convocadas por Emmanuel Macron, sem ninguém saber a que título, são um evidente exercício de vaidade pessoal, sem quaisquer consequências para a solução do conflito, enquanto são de lamentar os silêncios, ou as declarações vazias de conteúdo, de António Costa, Ursula von der Leyen e Kaja Kallas. Como aqui escrevi há uma semana, “pobre e irrelevante Europa que não tem quem a comande” e que, todos os dias, acentua o seu desprestígio e a sua irrelevância no seio da comunidade internacional, tal qual as antigas aristocracias europeias que os actuais líderes parecem ainda querer imitar, sem perceber que os tempos são outros.