De acordo com a
generalidade das notícias que estão a ser difundidas no ocidente, a batalha por
Mossul intensifica-se e, ao mesmo tempo, também aumentam as preocupações quanto
ao que pode acontecer ao milhão de residentes que vivem naquela cidade, que é a
terceira maior cidade do Iraque. Ocupada pelo Daesh desde Junho de 2014, foi aí
que Abu Bakr al-Baghdadi instalou o seu quartel-general e, portanto, o seu
valor estratégico é muito importante.
Na passada
terça-feira foi anunciado que as forças iraquianas entraram em Mossul ou em
alguns dos seus bairros periféricos, um facto que tem um importante efeito
simbólico. Muitos jornais europeus têm reproduzido fotografias das tropas
iraquianas e dos peshmergas curdos na
sua vitoriosa aproximação à cidade, mas também de elementos que têm conseguido
fugir da cidade, como mostra a expressiva fotografia publicada pelo diário
espanhol ABC.
Segundo os
serviços de informação militares, crê-se que Abu Bakr al-Baghdadi esteja em Mossul
e que tem instruido os seus combatentes para resistirem e para não cederem à
tentação de retirar para o deserto. Além disso crê-se, também, que tem havido
muitas execuções indiscriminadas, que estão preparadas muitas acções suicidas e
que a população vai ser utilizada como escudo humano.
Há notícias que
referem que a queda de Mossul pode estar por poucos dias e há notícias que
afirmam que a batalha por Mossul será longa e dura. O que vai certamente
acontecer é o sofrimento de milhares de pessoas indefesas e inocentes e um
grave problema humanitário.