Margaret Keenan,
uma mulher inglesa de 90 anos de idade, foi a primeira pessoa do mundo a
receber a vacina contra a covid-19,
que foi desenvolvida pelo grupo farmacêutico americano Pfizer e pela empresa
alemã BioNTech, tendo sido inoculada no University Hospital, Coventry.
Foi, de facto, um
acontecimento extraordinário, que assinala uma grande vitória da Ciência,
enquanto a fotografia de Margaret Keenan a ser saudada pelo pessoal do hospital
foi publicada em diversos jornais ingleses e internacionais, como por exemplo The
Times. Já foi chamado o dia V, pois abre o caminho à vacinação da
população britânica que, até agora, foi uma das mais afectadas com a pandemia,
pois já contabiliza mais de 61 mil mortos e mais de 1,7 milhões de pessoas
infectadas. O Reino Unido
torna-se, assim, no primeiro país do mundo a utilizar esta vacina e o seu plano
de vacinação dirige-se aos mais vulneráveis e às pessoas com mais de oitenta
anos, bem como aos funcionários dos lares e do NHS, o serviço de saúde nacional
britânico. O país encomendou 40 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, o
que permite proteger 20 milhões de pessoas, uma vez que esta vacina se
administra com duas doses.
As especificidades desta vacina, que necessita de uma
conservação a 70 graus negativos, representam um desafio logístico, salientaram
as autoridades sanitárias britânicas, que indicaram que as doses têm de ser
transportadas por uma empresa especializada e que o respetivo descongelamento demora
várias horas.
Aqui podemos aprender com a experiência britânica. Espera-se que a chegada das vacinas e o início do programa de
vacinação em Portugal aconteçam nos primeiros dias de Janeiro e, aparentemente,
tudo está a ser devidamente preparado.