quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Um milhão de mortos e feridos na guerra

O conflito que tem devastado a Ucrânia desde Fevereiro de 2022 tem sido uma tragédia humanitária, com muitos mortos e feridos, muitíssimos refugiados, a destruição de muitas povoações e uma enorme devastação do património construído. A propaganda dos dois lados do conflito procura esconder o seu número de baixas por razões operacionais, mas também para manter a sua capacidade combativa e para fortalecer o ânimo nacional. Os números que são divulgados são manipulados para enganar o adversário, para lhe diminuir a vontade de combater, ou para estimular os seus próprios combatentes. É certamente, um dos aspectos mais imnportantes da guerra psicológica destinada a minar o espírito combatente do adversário.
Ontem, o The Wall Street Journal destacou em notícia de primeira página que, na guerra da Ucrânia, “o número de mortos e feridos gira em torno de 1 milhão”, o que mostra a dimensão desta tragédia que os vários líderes mundiais, sobretudo os europeus, não conseguiram travar antes, nem parecem querer travar agora. Tal número de baixas parece repartir-se em partes iguais pelos dois contendores e significa que se trata de uma tragédia sociológica, tanto para a Ucrânia como para a Rússia, pois ambos já perderam muita gente e têm enfrentado a fuga massiva dos seus homens e mulheres que buscam a paz e o sossego longe dos campos de batalha.
Porém, os belicistas e os falcões portugueses, muitos dos quais têm voz activa nas televisões, em vez de falarem nesta tragédia humanitária e de pedirem a paz para ucranianos e russos, falam sobretudo do envio de mais mísseis e de mais drones para alimentar esta espiral de destruição e de morte.