sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

A paz no mundo deve começar em nós…

Na altura da passagem do ano é costume fazerem-se balanços sobre o ano que findou e formularem-se votos para o novo ano, sendo frequente expressarem-se desejos de saúde, paz, harmonia, prosperidade e outras coisas boas. Os jornais não fogem a essa regra, pois fazem balanços do ano que findou e relatam as festas do fim do ano, mostrando as imagens do fogo-de-artifício em Sydney, em Kuala Lumpur, no Dubai e em muitos outros locais do mundo.
Na sua primeira edição do novo ano de 2025, para além das imagens do fogo-de-artifício, a generalidade dos jornais internacionais noticiou o atentado terrorista de New Orleans, tentou perspectivar o que vai ser a presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, divagou sobre o futuro das guerras na Europa Oriental e no Médio Oriente e, poucas vezes, tratou a paz com o devido destaque.
O Correio Brasiliense, o principal jornal de Brasília, foi uma singular excepção, ao publicar uma pomba da paz na sua primeira página e ao escolher para manchete a frase “A paz deve começar em nós…” e, acrescentando depois, “… Não importa qual a sua fé, o que importa é a vontade de lutar para um mundo melhor, essa é a mensagem de religiosos de vários credos ouvidos pelo Correio aos brasilienses. Devemos sempre manter a capacidade de largar o ódio, pois essa pode ser a única maneira de pacificar nosso planeta. É preciso recomeçar. Afinal, o caminho da vida é o da liberdade e da beleza… Feliz 2025!”
Esta mensagem que diz que a paz deve começar em nós e que é preciso recomeçar, apelando à paz e ao fim do ódio, bem precisava de chegar aos ouvidos de meia dúzia de dirigentes mundiais, mas também aos dirigentes menores que continuam a incitar ao ódio, mas também àqueles que, nomeadamente na Europa, se calam e que, por isso, consentem.