O incêndio de
Pedrógão Grande e o roubo de Tancos foram factos muito graves que têm
provocado muito pesar e um justificado alarme na sociedade portuguesa.
A onda de solidariedade que se gerou em torno da tragédia de Pedrógão Grande e a apreensão sobre as circunstâncias em que aconteceu o roubo de Tancos, têm marcado o nosso quotidiano e todos querem saber o que realmente se passou. Depois de muitos meses de euforia económica, de descontracção social e de alegria popular, estes casos foram autênticos murros no estômago.
A onda de solidariedade que se gerou em torno da tragédia de Pedrógão Grande e a apreensão sobre as circunstâncias em que aconteceu o roubo de Tancos, têm marcado o nosso quotidiano e todos querem saber o que realmente se passou. Depois de muitos meses de euforia económica, de descontracção social e de alegria popular, estes casos foram autênticos murros no estômago.
Ninguém tem
dúvidas que, num caso como no outro, houve coisas que não correram bem e que
têm que ser esclarecidas.
Ninguém tem
dúvidas que, num caso como no outro, há coisas que todos os governos têm
desleixado desde há muitos anos.
Ninguém tem
dúvidas que, num caso como no outro, os ministros fizeram o que podiam, isto é,
a Ministra Constança não ateou qualquer fogo e o Ministro Azeredo não furou
qualquer vedação.
Porém, também ninguém
tem dúvidas que Cristas disparou numa histeria sem pudor, sem procurar outra
coisa que não seja fazer sangue no governo, mas também no seu adversário
directo. Este, embora sem a histeria da jovem angolana que quer governar
Lisboa, também não se cansa de atacar tudo por interesse eleitoral. Nenhum
deles parece lembrar-se dos que sofreram nem do que é preciso fazer para os
ajudar. Chafurdam na política. São uns oportunistas. Para eles o que aconteceu
não foi uma tragédia, mas tão só uma oportunidade política.
Porquê então este
desregramento e esta histeria dos líderes da oposição que ao verem o adversário
político debilitado pela tragédia, o esmurram e pontapeiam para colher
dividendos, como se o que agora aconteceu não fosse também da sua
responsabilidade política, designadamente nos anos do goverrno
Passos-Portas-Cristas? Uns valentões. Cuidado com eles!