Ontem em
Istambul, os atletas portugueses Pedro Pichardo no triplo salto e Auriol Dongmo
no lançamento do peso, tornaram-se bicampeões da Europa e conquistaram medalhas
de ouro, durante as provas do 2023
European Athletics Indoor Championships.
Outros atletas como Tiago
Pereira, Jessica Inchude e Arialis Martinez ficaram à porta das medalhas. É um desempenho notável numa modalidade desportiva que, como poucas, exige muito trabalho, dedicação e sacrifício para se poder competir na alta roda. É uma
das melhores prestações portuguesas de sempre no atletismo em pista coberta e,
no fim dos dois primeiros dias de provas, acontece que, com duas medalhas de
ouro, Portugal está no primeiro lugar do medalheiro, à frente de todos os
outros. É mesmo um grande acontecimento desportivo!
Hoje pudemos ver na
televisão as cerimónias protocolares da entrega das medalhas, ouvir duas vezes
o hino nacional, ver a bandeira portuguesa no topo do mastro de honra e,
sobretudo, apreciar a forma emocionada e comovente como Auriol Dongmo cantou o
hino nacional português. Notável.
Hoje, também, o Diário
de Notícias destacou como nenhum outro jornal, este grande feito desportivo
dos atletas portugueses, o que aqui se saúda vivamente, ao mesmo tempo que se
lamenta o sectarismo e a evidente mediocridade da imprensa desportiva
portuguesa, que hoje se limita a dar aquela notícia de maneira discreta e que, de
forma desproporcionada, destaca com elogios e grandes fotografias um jovem futebolista
chamado Gonçalo Ramos, que ontem marcou dois golos à equipa do Famalicão. Dois golos marcados à equipa do Famalicão valem mais do que duas medalhas de ouro? Esta
imprensa desportiva portuguesa não forma, nem informa. Faz fretes.