A rainha Isabel
II, cujo título oficial completo é Sua
Majestade Elizabeth Alexandra Mary Segunda, com a Graça de Deus, da
Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e territórios de Além Mar, Rainha da Comunidade
Britânica e Defensora da Fé, torna-se hoje a monarca com o mais longo
reinado da história britânica, ultrapassando o recorde da rainha Victoria, a
sua trisavó, sendo esse facto assinalado por diversos jornais, como por exemplo
The
Daily Telegraph.
A rainha Victoria
nasceu em 1819 e faleceu em 1901, tendo o seu reinado durado 63 anos e 7 meses
e ficado conhecido como a era victoriana,
que foi um período de grande mudança industrial, cultural, política, científica
e militar na Grã-Bretanha, marcando a expansão e a hegemonia global do Império
Britânico. Teve nove filhos e quarenta e dois netos que, através do casamento
com membros de outras famílias reais e da nobreza europeia, a tornaram um
referencial familiar para a Europa e lhe valeram a alcunha de “a avó da
Europa”. Os maridos da rainha Victoria (Francisco Alberto) e da rainha D. Maria II
de Portugal (Fernando) eram primos e membros da Casa de Saxe-Coburgo
Gota, isto é, as casas reais inglesa (Windsor) e portuguesa (Bragança) tinham
relações familiares.
À rainha Victoria
sucederam Eduardo VII, Jorge V, Eduardo VIII, Jorge VI e Isabel II. A rainha
Isabel II iniciou o seu reinado em 1952 e hoje é a rainha do Reino Unido e de
quinze outros estados independentes, além de chefe da Commonwealth, que é
constituída por 53 estados. Os seus biógrafos afirmam que ela conheceu 6 Papas,
10 Presidentes dos Estados Unidos e 12 Primeiros-Ministros britânicos.
Para quem não é
monárquico e conhece muitas das mal-feitorias feitas pelos ingleses ao seu
velho aliado lusitano, a longevidade da monarca não mereceria especial
destaque, mas o seu serviço voluntário como simples motorista do Auxiliary Territorial Service durante a
II Guerra Mundial e sob os bombardeamentos aéreos de Londres, foi um acto de
coragem que sempre mereceu a nossa admiração.