domingo, 3 de novembro de 2019

Novo fôlego da independência da Escócia

A Escócia é um reino situado na parte norte das ilhas Britânicas que foi independente desde 843 até 1707, ano em que se uniu com a Inglaterra para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha. Durante três séculos os escoceses e os ingleses viveram muito felizes, embora tivessem mantido inúmeras instituições e actividades que nunca foram integradas na sua união, que em 1801 foi estendida à Irlanda, dando origem ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.
Em 1973 o Reino Unido aderiu à Comunidade Europeia e, para além das suas capitais em Edimburgo e Londres, os escoceses passaram também a ter uma outra capital em Bruxelas. E gostaram disso, porque da nova capital lhes chegaram muitas coisas boas. Porém, nos últimos tempos as coisas começaram a mudar, com tensões políticas entre escoceses e ingleses. Daí resultou um referendo sobre a independência da Escócia realizado no dia 18 de Setembro de 2014, em que 44,70% dos escoceses votaram sim, enquanto 55,30% votaram não.
As tensões independentistas serenaram, até que no dia 23 de Junho de 2016 se realizou um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, em que 51,89% dos eleitores votaram sim ao Brexit, embora 67,2% dos escoceses tivessem votado contra. No dia seguinte, a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon, afirmou que um segundo referendo pela independência da Escócia em relação ao Reino Unido estava em cima da mesa.
Entretanto, passaram mais de três anos e a David Cameron sucedeu Theresa May e, depois, o estarola do Boris Johnson. Tem sido uma confusão e um descrédito completos. Agora estão marcadas eleições para o próximo dia 12 de Dezembro, mas Nicola Sturgeon não perdeu tempo e, como se esperava, exige agora um novo referendo sobre a independência da Escócia.

A inovação da moderna arquitectura

A Fundação OnePulse anunciou na cidade americana de Orlando, no estado da Florida, que depois de um concurso internacional foi aprovado o desenho do novo Museu Nacional e Memorial de Pulse, a construir naquela cidade, que foi proposto por um grupo de arquitectos franceses em colaboração com arquitectos locais. O jornal La Prensa de Orlando, publicou a imagem do monumento que homenageará as 49 vítimas mortais e os 53 feridos que resultaram o massacre terrorista, bem como todos os que foram afectados pela trageia ocorrida no dia 12 de Junho de 2016 na discoteca Pulse, executado em nome do Daesh e que foi considerado "o mais mortal tiroteio em massa da história dos Estados Unidos”.
A proposta vencedora não é definitiva e representa um ponto de partida para discussão e posterior integração de novas ideias, mas o monumento incluirá um espelho de água e um jardim com 49 árvores, além de um museu ao ar livre, jardins verticais e um passeio na cobertura. Com este monumento, a cidade de Orlando procura ultrapassar o trauma que esta tragédia constituiu para a comunidade local e, ao mesmo tempo, é uma aposta numa obra de arquitectura inovadora e de referência. Naturalmente que as grandes obras da arquitectura primeiro se estranham mas depois se entranham, como dizia o slogan publicitário atribuído a Fernando Pessoa.