A mais recente
edição da prestigiada revista indiana India Today inclui uma reportagem
com abundante informação sobre as medidas tomadas ou anunciadas pela
administração do presidente Donald Trump, em relação aos estudantes
estrangeiros e às escolas que os recebem. Na capa, uma ilustração mostra a
Estátua da Liberdade com o dedo a apontar a saída do país para um grupo de
jovens estudantes, enquanto um destacado título diz que é “o fim do sonho
americano” para milhares de estudantes indianos, cujo projecto de vida têm sido
assente em estudos universitários nos Estados Unidos.
Muito do
progresso de que tem beneficiado a Índia nos últimos anos, que já a colocam
como a quarta potência económica global, tem sido apontado à formação académica
que muitos milhares de estudantes adquirem no estrangeiro e, em especial, nos
Estados Unidos. Porém, segundo salienta o India Today, “a repressão de Donald
Trump está a fechar a porta aos estudantes indianos”.
No ano lectivo de
2023-24 havia 1.126.690 estudantes estrangeiros nas escolas americanas e
332.000 eram indianos, o que representava cerca de 29,4% do total. Nesse ano, o
número de estudantes indianos em algumas universidades impressiona: no Georgia
Institute of Technology em Atlanta (3.000), na Columbia University de Nova
Iorque (1.250), na Harvard University em Cambridge, Mass (650), na University of
Illinois em Champaign (1.400), na New York University em New York (2.000) e
assim sucessivamente.
No mesmo ano, a
procura de escolas estrangeiras pelos indianos também foi elevada no Canadá
(137.608), no Reino Unido (98.890), na Austrália (68.572), na Alemanha
(34.702), Rússia (31.444) e em Singapura (17.000).
A reportagem
também indica os números astronómicos que “o sonho americano” custa às famílias
indianas, mas Donald Trump que tanto gosta de negócios, parece nem olhar para
essa gigantesca receita para os cofres das universidades americanas que ele
quer controlar, enquanto símbolos maiores da excelência americana.