Quando meio mundo anda atordoado
com a crise pandémica e com a eficácia das vacinas, há outro meio mundo que olha incrédulo para o que se passa nos Estados Unidos com o comportamento
impróprio e indecente de Donald Trump.
No meio dessa avalanche de preocupações, a cidade de Bilbau e o seu Museo
Guggenheim decidiram promover uma grande exposição sobre a obra de Vasily
Kandinsky (1866-1944), um artista russo que foi um dos pioneiros da abstracção
na pintura.
A exposição foi inaugurada hoje e vai manter-se até ao dia 23 de
Maio, mostrando 62 das 152 obras que constituem a colecção de Kadinsky que a Fundação
Solomon R. Guggenheim possui em Nova Iorque. O percurso do artista passou por
Moscovo, Munique e Paris, tendo sido decisivo na sua carreira o apoio que teve do industrial
Solomon R. Guggenheim que desde 1929 começou a coleccionar a sua obra, que
depois doou à Fundação que constituiu em Nova Iorque em 1937.
A notícia da inauguração desta
exposição foi destacada pela imprensa basca como um importante evento cultural,
nomeadamente no jornal El Correo de Bilbau, para o qual o
director do museu declarou em entrevista que, apesar das visitas serem limitadas devido ao
contexto pandémico que atravessamos, espera com confiança que esta situação
seja ultrapassada.
O que aqui se destaca é que, depois
de tanto tempo com notícias decepcionantes, a cultura voltou às manchetes dos mass media, onde uma iniciativa cultural aparece
destacada na primeira página dos jornais generalistas, coisa que não se via há muito tempo.